Ultimamente tenho considerado o Ágil pela visão de Steve Denning, que defende “as 3 leis do mindset ágil”, que são:
- a Lei do Cliente: colocar realmente o cliente no centro de tudo. Segundo o próprio manifesto ágil: “Nossa maior prioridade é satisfazer o cliente”
- a Lei dos Times Pequenos: o trabalho (com foco no cliente) deve ser tocado por times pequenos e multifuncionais, capazes de entregar valor de ponta a ponta.
- a Lei da Rede: com muitos times desses dentro da empresa, há necessidade de geri-los como uma rede de pequenos times.
Mas existe um ponto bem importante que não aparece nessas três leis (mas que é favorecido por elas): o bem estar dos trabalhadores? Eu gosto muito de um outro princípio do Manifesto: “Os processos ágeis promovem desenvolvimento sustentável. Os patrocinadores, desenvolvedores e usuários devem ser capazes de manter um ritmo constante indefinidamente”. E tem como manter um ritmo constante sem qualidade de vida?
A frase que encabeça esse artigo veio de encontro a esse assunto: “Nós nos tornamos líderes no dia em que decidimos ajudar as pessoas a crescerem, e não números” (frase de Simon Sinek), e é ela que colocou a palavra “meta” no título do artigo.
E para colocar meu ponto, trago a Lei de Goodhart:
“Todas as métricas da avaliação científica estão sujeitas a abuso. A lei de Goodhart afirma que, quando uma característica da economia é escolhida como um indicador da economia, ela inexoravelmente deixa de funcionar como esse indicador, porque as pessoas começam a jogar com ela.”
Basicamente, estipular metas com base em métricas específicas tendem a levar o sistema a trabalhar em favor do atingimento da meta, e não da melhor forma de trabalhar. E esse comportamento mina qualquer tentativa de ser ágil e, ainda mais, sustentável.
Agora, voltando ao “bem estar”, proponho uma outra reflexão: será que existe alguém na empresa, da alta direção até o chão de fábrica, que não esteja em busca de qualidade de vida e bem estar? Será que há alguém que não busque isso como uma meta de vida?
Queremos ser ágeis? Porque então não colocar, verdadeiramente, o bem estar dos funcionários como uma meta a ser atingida por toda a companhia? Porque não exercitar realmente os princípios da agilidade e criar um ambiente amigável, sustentável e centrado no cliente (que, aliás, não hesito em dizer que também está em busca de, adivinhem: mais qualidade de vida).
E um conceito interessante que aprendi ensinando sobre Management 3.0 foi: a estrutura interna de uma empresa reflete no formato do produto que é entregue ao cliente. E com isso proponho uma última reflexão: A sua empresa está realmente entregando qualidade de vida aos seus clientes? Uma pista para a resposta: como está a qualidade de vida de seus funcionários?
No Management 3.0 estudamos um mindset que favorece através dos seus princípios tudo que conversei até aqui. Por isso até copio os princípios do Management 3.0:
- Engajar as pessoas e suas interações
- Melhorar o sistema de trabalho
- Ajudar a encantar todos os clientes
- Gerenciar o Sistema, não as pessoas
- Co-criar o trabalho
Conheça os workshops de Management 3.0 da Agilers: https://agilers.com.br/todos-os-workshops/